top of page

O BRASIL NECESSITA DA AGRICULTURA FAMILIAR PARA CRESCER SEM FOME

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) denuncia os impactos negativos causados pela alta dos preços dos combustíveis na produção da agricultura familiar. E o Portal CTB foi ouvir representantes das trabalhadoras e trabalhadores do campo. Para Thaisa Daiane Silva, secretária-geral da Contag, a política econômica do atual governo, atrelada aos interesses do mercado externo, “afeta a vida de todo mundo, em especial os mais pobres”.

Pelo Censo Agropecuário 2017, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no país 5.072.152 estabelecimentos de produção agropecuária, em 350.253.329 hectares. A agricultura familiar abrange somente 23% dessa área e, mesmo assim, produz mais alimentos.

No caso da agricultura familiar, reforça Thaisa, “o abandono de boa parte das políticas públicas para esse setor fundamental na produção de alimentos, o corte de verbas e as dificuldades para adquirir o crédito rural têm causado enormes prejuízos para as agricultoras e agricultores familiares”.

O custo da produção na agricultura familiar, responsável por 70% da produção de alimentos no país, “tem ocupado cada vez mais uma fatia maior da receita das agricultoras e dos agricultores familiares”, afirma Brambilla. Ele assinala também a alta dos preços da energia, “que é muito significativo para nós e foge ao nosso controle porque não é apresentada uma política alternativa para a retomada da produção”.

O Censo Agropecuário de 2017 mostrou a existência de cerca de 17,3 milhões de trabalhadoras e trabalhadores no campo, sendo que . E “nós precisamos de subsídios, especialmente após a pandemia, porque aumentaram as dificuldades de comercialização dos produtos”, revela Vânia Marques Pinto, secretária de Políticas Agrícolas da Contag.

Brambilla concorda e diz que “a agricultura familiar amarga prejuízos em várias atividades por causa do alto custo da produção”. Também porque com o “encarecimento dos alimentos, as pessoas compram menos”, além de “termos muita gente no meio do processo de produção e comercialização o que acaba diminuindo sensivelmente a nossa remuneração”.




2 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page